Eduardo Coudet adiantou o time do Inter porque precisava ganhar por dois gols de diferença e porque é do seu DNA de treinador, sempre procurando soluções mais ofensivas. Mas ele teve um volante sempre: Jhonny, que foi uma das grandes peças do time colorado. Ele deu suporte aos zagueiros e contribui com os meias na hora de atacar.
Já o técnico do River Plate, Martín Demichelis, quis ser ousado e entregou o jogo para o Inter. Começou com Solari, quando poderia ter colocado Nacho Fernández, que daria sustentação das jogadas no meio. Depois, quando Enzo Peres saiu, ele não colocou outro volante. Preferiu trazer Nacho para o campo e seu poder de marcação praticamente acabou.
O River não tinha o anjo da guarda. E também não conseguiu atacar, porque os colorados ficaram com a bola. A estratégia de Coudet merece aplausos, mas o pretencioso treinador do time argentino achou que iria ganhar o jogo com facilidade. Quebrou a cara, seu time foi eliminado da Libertadores e ele está sofrendo muitas criticas dos jornalistas do seu país.
Insalubre
La Paz é uma cidade insalubre para quem lá chega e não passa pelo período de adaptação á altitude. Chega ser criminosa a obrigatoriedade dos times em jogar naqueles 3,6 mil metros acima do nível do mar. A dificuldade de respiração é imensa, porque o ar é muito rarefeito. A bola corre muito mais, porque o atrito com o ar é muito menor. São poucas as pessoas que lá chegam e que não se sentem mal. Alguns precisam colocar um tubo de oxigênio.
O que vi de melhor, nas seis vezes em que lá estive trabalhando, foi ver uma delegação se concentrar em Santa Cruz de La Sierra, que fica na fronteira com o Mato Grosso, e dali sair para um voo de 30 minutos e chegar pouco antes de a partida começar.