Vejo alguns colegas alarmados com o que disse Mano Menezes depois da derrota do Inter para o Fluminense, no Maracanã. O treinador coloca o grupo e seu trabalho acima das individualidades. É uma forma respeitável de ver futebol, só que assusta a quem quer falar sobre a montagem de um time nos dias que estamos vivendo.
Para meu gosto, o Inter tem nove dúvidas e dois jogadores escalados. São eles Alan Patrick e Valencia. Eles começam o time e, ao redor deles, cabe ao treinador montar uma equipe com os outros jogadores que estiverem disponíveis. Simples assim.
É colocar os dois diferenciados nos lugares que mais gostam de atuar e depois posicionar todos os outros para completar um time. Neste caso, o Colorado pode crescer bastante.
Quando estão livres para jogar, os atletas com qualidade superior pegam o jogo pra si e impõem muitas dificuldades aos adversários. Não se ouviu isto de Mano Menezes, mas pode ser aquele negócio de acalmar o grupo, mesmo que todos jogadores saibam que Valencia é de outra turma.
O equatoriano foi contratado a peso de ouro para ser solução importante e nunca um problema para a montagem do time.
LIBERTADORES
Tudo indica que o Inter ficará numa posição intermediaria no Brasileirão. Pode chegar a brigar por uma vaga para a Libertadores, mas nada mais do que isto. É o que tem mostrado.
Toda a esperança de grandiosidade neste ano, que já ingressa no segundo semestre, é a Libertadores. Nada fácil, mas um sonho. O primeiro adversário é o River Plate, um time cheio de tradição nesta competição. Difícil, sim, mas não impossível.
Toda estratégia colorada deve estar centrada em voltar vivo de Buenos Aires. Para tanto, o treinador não pode jogar com três atacantes.
Precisa povoar o meio campo com jogadores com boa capacidade de marcação, entregando para Alan Patrick a tarefa de organização e para Valência a de fazer gols. Repito: eles são as grandes forças coloradas. Ou eles decidem ou a vida na Libertadores pode ficar complicada.