A delegação colorada cruzou a América do Sul levando esperança de dias melhores. O time está mal na Copa do Brasil, no Brasileirão também tem muitas dificuldades e na Libertadores tem o jogo de quinta (25), que vem depois do Gre-Nal e após uma segunda-feira marcada por reuniões intermináveis e com demissões.
Todos os que viajaram tiveram muito tempo para conversar, aparar arestas, buscar soluções. Um longo e quase interminável voo de seis horas. Mano já não tem mais um inimigo na sua cama de trabalho. Pode ter um clima muito mais ameno para impulsionar seu trabalho, já que William Thomas está longe e fora do clube.
Mas a vida de Mano Menezes será feita ainda de muitos desafios. O time precisa ganhar do Metropolitanos para não precisar levar uma decisão para Montevidéu, onde o jogo contra o Nacional promete muito mais dificuldade. O Colorado precisará ser inventivo, precisará não se repetir em soluções que ele acreditava e que não deram certo. Diriam os mais antigos "tirar um coelho da cartola".
Mas se nada disso for feito ainda dá para ganhar e até com facilidade. O adversário é um clube venezuelano e não é de primeira linha. Dá para ganhar. Precisa ganhar. Seria muito bom para acalmar pessoas, mudar ambiente, devolver tranquilidade. Fora disso, é crise pura. Que o voo que levou os colorados para Caracas, mais do que esperança, consiga trazer tranquilidade.
Relação de jogadores
Nestas horas de desconfiança, o clube busca se proteger. Na segunda feira, durante as reuniões de dirigentes, nem uma sala com cadeiras para sentar foi oferecida aos jornalistas que fizeram a cobertura. Importante esclarecer que sempre somos bem tratados no Beira-Rio. A relação dos jogadores que viajaram não foi fornecida aos repórteres. São tratamentos de crise. Basta voltar a ganhar, e o comportamento volta a ser cordial. Entendo.
Mas sei que tem muito desafio pela frente. Tem o jogo desta quinta que vale pela Libertadores, domingo contra o Bahia vale pelo Brasileirão e na quarta que vem tem o América, e este jogo é pela Copa do Brasil e com pouca chance de classificação. São três competições, jogo atrás de jogo, viagens, concentrações, jogadores com esgotamento físico e mental. Muita responsabilidade.
Em alguma competição, o time colorado precisa contar sua história.