Não vou incluir Pelé em nenhum concurso para saber quem foi a maior figura do futebol mundial. Nada se parece com Pelé, tudo é menos do que Pelé. Por esta exclusão, que considero necessária, entendo que Zagallo é o maior futebolista do Brasil em todos os tempos.
Quando jogador, atuava pela esquerda. E era moderno já em 1958, quando ganhamos a primeira Copa do Mundo, na Suécia. Era Zagallo que buscava a bola no meio-campo, sempre pendendo para a esquerda, numa ideia que, mais tarde, foi concebida nominalmente como 4-3-3.
Em 1962, no Chile, lá estava ele outra vez, num ataque formado por Garrincha, Amarildo e ele. Pelé ficou fora por lesão. Oito anos depois, em 1970, no México, ele estava de volta, agora como treinador. Colocou em campo todos os craques, mudando suas funções, mas acreditando que eles seriam suficientes para ganhar aquele Mundial pelas suas capacidade individuais.
Foi nas mãos de Zagallo que vi a maior Seleção Brasileira de todos os tempo. Brasil tricampeão no México. Até ali, ele era a figura central nos três títulos mundiais conquistados pelo futebol brasileiro.
Foi mal em 1974, na Alemanha. Mas voltou como auxiliar de Carlos Alberto Parreira, em 1994, nos Estados Unidos, e teve participação muito forte. Zagallo ajudou bastante na conquista daquele título. Era o Brasil tetracampeão do Mundo e Zagallo mais uma vez estava junto no trabalho bem construído.
Fora competições sul-americanas, jogos amistosos, tudo ele fez. O velho Lobo Zagallo está completando 90 anos. Não existe ninguém com tanta participação, com tanta importância no futebol brasileiro. Que ele tenha muita saúde e que possa comemorar, ainda, muitos aniversários. O futebol brasileiro só tem a agradecer Zagallo.