No último jogo de Pepê com a camisa do Grêmio, no Gre-Nal decisivo do Gauchão 2021, na Arena, ele deu uma "janelinha" em um jogador colorado e botou Ricardinho dentro da goleira para marcar o gol. Surgiu, no meio disto, uma saliência do gramado.
A bola levantou, e o centroavante gremista bateu nela com a canela. A bola saiu pela linha de fundo. Dentro da pequena área, sem goleiro, numa situação singular para marcar o gol.
Na quarta-feira (2) de estreia na Copa do Brasil, Ricardinho recebeu de Jean Pyerre nas mesmas condições. Outra vez, o gramado mostrou sua saliência e levantou a bola. Pronto: o jogador errou novamente.
Perto do final do jogo, foi substituído e, chegando ao banco de reservas, mostrou sua insatisfação pelo fato, mostrando cara feia e dando um murro no banco.
Faz muito tempo que faço a sugestão de colocação do gramado sintético. Tenho colegas que odeiam esta possibilidade, e o presidente Romildo Bolzan também é contra. Eles não sabem o que eu sei, porque sou produtor de verduras.
Onde o sol não chega, nada vai adiante. A Arena é coberta, e o tempo de sol no gramado é muito pequeno. Nem os refletores, grandes gastadores de energia elétrica, que são ligados diariamente conseguem compensar a ausência solar.
Resultado disto é que a Arena Porto-Alegrense precisa mudar o gramado todos os anos — um custo que não é pequeno. E, ainda assim, na maior parte do ano, o gramado oferece estas dificuldades.
Depois destes dois gols perdidos por Ricardinho, tenho certeza de que muita gente vai mudar de opinião. Se a gestão do estádio voltar mesmo para o Grêmio, aposto que o gramado sintético, de última geração, será instalado. Resolve tudo.