Miguel Ángel Ramírez andou treinando e mudando o time em muitas posições. Pode ser só treinamento, mas pode ser uma preparação para um jogo que pode ser decisivo para o Intern. Claro que escrevo esta coluna antes de ter o resultado de Deportivo Táchira e Always Ready, que foi jogado na noite de quarta-feira (19), com começo as 23h.
Se a vitória for do time venezuelano, o Inter não pode perder. Se perder, está fora da Libertadores tendo jogado num dos grupos mais fáceis da história desta competição. Fiquei sabendo, por exemplo, que Moisés está mantido mesmo que não tenha treinado no time titular e que Johnny ocupará o lugar de Rodrigo Dourado. Mas são especulações. Só sabermos disto quando o time estiver pronto para entrar em campo.
Mudar o time para cada adversário é um método de trabalho do jovem treinador do Inter. Eu não gosto muito. Prefiro um time onde os jogadores sabem que são titulares e que os reservas sabem que precisam ultrapassar, tecnicamente, aqueles que estão jogando. Mas, enfim, esta é uma escolha da direção colorada, para o bem e para o mal.
Protestos
Ramírez começou a conhecer o que significa treinar um grande clube, com grande torcida, e sentir a pressão quando os resultados não chegam. A semana passada foi de duas derrotas e de complicações importantes.
Perder para o Táchira significa correr riscos de não classificar na Libertadores, ainda que esteja num grupo muito fácil. Perder o Gre-Nal, significa dar favoritismo ao adversário e continuar numa sequência sem vitórias que incomoda o torcedor colorado. Ramírez nunca tinha passado por isto.
É a primeira vez na sua curta carreira que ele tem nas mãos um time de um clube com milhões de torcedores. Não gosto destes protestos. Eles trazem mais problemas do que soluções, mas eles fazer parte do futebol. Importante saber como será a reação profissional do treinador colorado nesta primeira experiência.