A covid-19 tirou Renato da viagem gremista para Quito, mas não o tirou do jogo contra o Independiente del Valle. A simples tecnologia do celular resolverá tudo. Renato, em Porto Alegre, à frente da TV, assistindo à partida. Alexandre Mendes, na beira do campo, transmitindo suas observações a as de Renato.
Isso é possível porque não haverá publico no estádio. Sendo assim, Renato liga para Alexandre, que coloca um fone no ouvido para receber as instruções. Se houvesse público, é quase certo que a ligação não funcionaria. Estádios de futebol que recebem 30 mil pessoas ou mais, com todos carregando seus celulares e fazendo e recebendo ligações, entopem as estações rádio-base, aqueles postes cheios de antenas espalhados pelas cidades.
Com grandes aglomerações, eles não conseguem atender todas necessidades e não se completa nenhuma ligação. Isso ocorre na Arena e no Beira-Rio. Em grandes jogos, não se consegue fazer ligações via celular. Esta é uma vantagem importante. Claro que Renato confia no seu auxiliar e lhe dá bastante possibilidade de exercitar ideias nos treinamentos e jogos, mas é claro também que ele gostará de contar com esta possibilidade.
Neste caso, tecnicamente, a ausência de Renato não será sentida. Pode fazer falta pela confiança que empresta aos jogadores e a motivação que coloca no dia dos jogos. Renato nunca imaginou que poderia treinar seu time estando longe 6 mil quilômetros.