Nestes tempos de pandemia, se observa muita irresponsabilidade. Talvez a maior de todas é saber que o Rio de Janeiro voltará com o futebol na quinta-feira (18), em meio a uma séria crise sanitária, milhares de mortes e do colapso da saúde. Com clubes importantes não querendo jogar, como Botafogo e Fluminense.
Mesmo assim, o campeonato vai recomeçar. E ainda terá a presença do presidente Jair Bolsonaro. Este é um cenário muito ruim, inadequado, de irresponsabilidade absoluta. Mas ficamos pensando que numa situação incomparavelmente melhor, com times cumprindo protocolos de saúde de grande qualidade e que servem de exemplo para todo Brasil, sem jogadores testando positivo para a covid-19, ainda se discute se pode ou não jogar em nosso Estado.
Penso que os que são contra o futebol no Rio Grande do Sul se darão conta do nosso cenário, das nossas condições e, independentemente da bandeira das regiões que temos neste momento, voltar o Gauchão não é nenhuma barbaridade.
E para aqueles que pensam que haverá aglomerações de torcedores fora dos estádios, é só botar cinco ou seis brigadianos e convencê-los que não podem se reunir em pequenas multidões. Acho que as autoridades da saúde entre nós poderão entender, com facilidade, os dois casos.