Com o eminente retorno do futebol no Brasil a partir da volta do Campeonato Carioca na quinta-feira (18), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, um dos mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, defendeu mais uma vez o regresso das competições em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha. Onyx argumentou que o meio do futebol não enfrenta problemas em larga escala com o coronavírus e, por isso, o retorno pode ser feito.
— Eu acho que tudo é um ponto de equilíbrio. Tudo é feito com equilíbrio e bom senso, não temos problemas identificados no futebol em larga escala. Claro que não defendemos a volta com grandes públicos. Os clubes vão ter todo um suporte de testes. Estamos falando de estádio com capacidade para 30 mil pessoas e vão ter apenas 100, ou seja com distanciamento, controle e cuidado em um ambiente aberto — frisou.
O ministro fez elogios à forma como Grêmio e Inter lidam com a volta aos treinamentos e afirmou que outros clubes podem usar o exemplo da dupla Gre-Nal para também retornarem às atividades.
— Acho que a Dupla está fazendo um trabalho admirável, os atletas estão sendo acompanhados e identificados. Todos os clubes do Estado, por exemplo, podem fazer a mesma coisa, com a ajuda das estruturas dos municípios. A tendência, agora, é vir a desaceleração. Países que tiveram desempenho na enfermidade com três ou quatro vezes mais mortes por milhão do que o Brasil já estão voltando na Europa. Voltando com racionalidade, com segurança. Eu não aguento mais não ver o Inter no domingo. O futebol faz parte da vida da gente — completou.
No dia que o presidente Jair Bolsonaro irá assinar medida provisória que irá mudar alguns itens no futebol, Onyx também falou sobre as alterações.
— O objetivo é dar um suporte legal para os clubes e as federações possam voltar às atividades. Nós temos alguns campeonatos que vão ter três ou quatro jogos, há muitos atletas parados. Essa medida irá permitir que existam contratos de 30 dias, o que atenderia à necessidade que os clubes menores têm para finalizarem as competições. É um cenário que protege os clubes e abre espaço, com racionalidade, para volta dos campeonatos — finalizou o ministro.