O Grêmio não pré-estabeleceu um teto salarial, mas adota limites com bom senso. Geromel, Kannemann, Maicon e Luan faturam cerca de R$ 750 mil mensais. Valores altos dentro dos padrões do futebol brasileiro, mas compatíveis com a importância destes jogadores dentro do clube.
Essa é a quantia que está sendo oferecida para Diego Tardelli. É uma boa grana e não criaria nenhuma insatisfação dentro do grupo, algo recorrente nestas situações. É um cuidado que foi tomado pela direção.
Só que o custo do centroavante não termina por aí. Também tem o aluguel de seus direitos federativos, conhecido como o aluguel do passe.
Um atleta desse nível demanda altos valores nessa situação. Para efeito de raciocínio, imaginemos que ele peça o mesmo valor do salário pelo aluguel do seu passe. O Grêmio teria um custo de R$ 1,5 milhão por mês. Em um contrato de 24 meses, o custo total seria de R$ 36 milhões.
Estou supondo, não informando, mas peguei como base os contratos de outros jogadores de primeira linha do futebol brasileiro. Se não tivesse outros centroavantes no grupo, creio que o Grêmio se atiraria, sem pensar duas vezes para trazer Tardelli. No entanto, quando Felipe Vizeu entra em campo e mostra toda sua qualidade, a direção deve pensar se vale a pena fazer este sacrifício.
Além disso, a recuperação de André ainda é esperada. É uma situação difícil para um dirigente que tem responsabilidade de resolver. O Grêmio já tem uma folha de pagamento alta. Mais do que isso: a vinda de Tardelli pode provocar freios na evolução de Felipe Vizeu.