O futebol brasileiro está colocando dimensões de riqueza entre os clubes. Palmeiras e Flamengo são os primos ricos da atualidade. Frequentam grandes mercados, têm patrocinadores de peso e grandes torcidas. Dispararam na riqueza. O segundo escalão é frequentado por São Paulo, que está no maior mercado do Brasil, e o Grêmio, que soube driblar dívidas importantes e não comete loucuras. A política do Tricolor passa, necessariamente, pela criatividade.
O Santos vive próximo a eles. Sempre tem talentos para vender e por aí leva sua vida. O Corinthians poderia ser um primo rico por ter a segunda maior torcida do país e porcentagem no maior mercado brasileiro. Só que se meteu na aventura de bancar o Itaquerão e, como não levou mole do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), precisa pagar juros e prestação. Digamos que vive num quarto escalão.
O Inter vem logo depois. Precisa escapar de um rol muito grande de dívidas para voltar a ser um dos maiores milionários do futebol brasileiro. No entanto, cabe ressaltar que seus dirigentes têm feito times com muito talento, driblando dificuldades e conseguindo sucesso. A dupla mineira me parece viver um escalão semelhante ao Inter. Os dois têm dívidas importantes.
O resto é o resto. Times que entram no Brasileirão com o objetivo de não cair. Falo, também, do Athletico-PR. Um clube estranho, que não faz grandes investimentos, e que é capaz de se afundar ou surpreender com uma conquista.
Força Gre-Nal
Não temos um grande mercado. Mas temos ações importantes que dão força aos nossos clubes. A maior delas está nos quadros sociais. Grêmio e Inter faturam cerca de R$ 80 milhões anuais com seus associados. Romildo Bolzan sonha com arrecadação de R$ 10 milhões mensais, ou R$ 120 milhões ano. Ainda tem um bom caminho, mas precisa de trabalho e conscientização dos torcedores.
O Inter promove interessante caravana que percorre o Interior, promovendo festas e associando torcedores com a ajuda do consulado. O Rio Grande do Sul é o grande mercado Gre-Nal. Fora dele, o oeste brasileiro, que alguém já chamou de Brasil de Bombachas. O fato é que conseguimos lutar contra os gigantes. Como diz Diogo Olivier: sem munição, mas sempre avançando.