Em 2018, o primo rico do futebol brasileiro foi o Palmeiras. Formou quase três times com jogadores de qualidade. Ganhou o Brasileirão, que é um campeonato longo. Para quem tem grupo, é pão quente. É verdade que fracassou na Copa do Brasil e na Libertadores. Em mata-mata, o menor pode engolir o maior.
Em 2019, o Flamengo, comandado por Paulo Pelaipe, seu novo agente do futebol, é quem mais está investindo. Buscaram Arrascaeta por R$ 64 milhões. Trouxeram Gabigol e estão próximos de tirar Bruno Henrique do Santos. Surge assim, o segundo milionário do futebol brasileiro. Agora, o Palmeiras vai ter adversário no Brasileirão.
A diferença de realidade é tão grande que o Grêmio, modelo de gestão admirada por todos neste momento, festejou um EBTIDA — que é a diferença entre o que arrecadou e o que gastou — de R$ 70 milhões. Caso raro no futebol do país.
Para efeitos de comparação, a negociação de Arrascaeta consumiu praticamente toda esta grana. A diferença do Flamengo, que lucrou mais de R$ 200 milhões com as vendas de Vinícius Júnior e Paquetá, e do Palmeiras, que tem um parceiro milionário, para os outros clubes é gigantesca.
Neste momento, vivemos algo parecido com o futebol espanhol. Flamengo e Palmeiras estão para o Brasil assim como Real Madrid e Barcelona estão para o futebol espanhol.