Vai ser na área do antigo orquidário, entre o espelho d'água e o laguinho da Redenção. Quatro contêineres serão erguidos e, dentro de cada um, haverá uma ou mais operações gastronômicas – a empresa que venceu a licitação da prefeitura, chamada Ioiô, agora vai atrás de restaurantes interessados em funcionar no local.
Já se fala em cantina, pizzaria, café, sorveteria: todos eles atenderão também do lado de fora, aproveitando o próprio parque como área externa dos estabelecimentos. As mesas devem avançar inclusive sobre o lago, em um tablado de madeira que será instalado nos próximos meses.
A ideia é que o complexo gastronômico fique pronto até março de 2022, reunindo os empreendimentos em uma área total de 750 metros quadrados no interior da Redenção. É uma região que perdeu vibração depois que o charmoso Café do Lago foi desativado, em setembro de 2014.
– Vamos fazer uma estrutura integrada com o meio ambiente, com as árvores, com a água, com o espírito do parque. Nossa ideia é atender desde o público que faz exercícios de manhã até a turma do happy hour – adianta Pedro Santarem, sócio da Ioiô, que vai administar o espaço.
O pequeno prédio que abrigava o Café do Lago, construído em 1935 e reformado no ano passado, voltará a servir de atracadouro para os pedalinhos. Outra empresa, a Sólidos Equipamentos Infantis, venceu a licitação para reativar o tradicional brinquedo que desde 2019 não funciona. A Sólidos também será responsável pelo retorno do trenzinho circulando no parque.
– Vai ser tipo maria-fumaça, com conforto, segurança e preço acessível – promete Isabel Cristina Sokolnik, sócia da empresa.
Tanto o trem quanto o pedalinho devem voltar à ativa dentro de três meses. Somadas ao complexo gastronômico, são atrações capazes de devolver uma vitalidade que vinha faltando na região mais central do parque – hoje, é o contorno da Redenção que concentra uma variedade maior de atividades. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Germano Bremm, a tendência é de que a segurança também melhore com a ocupação mais vigorosa do espaço.
– O valor mensal que eles vão pagar (R$ 4,8 mil mensais para cada empresa) vai ser revertido em investimentos diretos no parque. O edital previa isso: os próprios investidores vão aplicar esses recursos na Redenção. Me parece um modelo econômico que favorece a todos – acredita o secretário.