Três novidades na prefeitura da Capital: duas envolvem vacina e uma é sobre hospital de campanha. Em relação ao hospital, o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, se reuniu na quarta-feira (3) com uma empresa especializada nesse tipo de estrutura provisória. É uma alternativa que a prefeitura estuda para aumentar a capacidade de receber pacientes.
– Fomos visitar o Parque Belém (hospital desativado no bairro Belém Velho) e o Álvaro Alvim (temporariamente fechado pelo Hospital de Clínicas, que administra a unidade no bairro Rio Branco), mas eles estão pelados, sem nada dentro. E ainda têm problemas estruturais, de iluminação, de elétrica, portanto demorariam para ficar prontos – avalia Sparta.
Se a opção for pelo hospital de campanha – que costuma ser erguido com módulos pré-fabricados –, a construção tende a ser rápida. Mas o secretário ressalta que essa decisão, por enquanto, não foi tomada. Uma possibilidade, segundo ele, seria ampliar ainda mais a capacidade dos hospitais que já estão em atividade:
– Alguns ainda têm (espaço para ampliação), mas estamos vendo a possibilidade de viabilizar os aparelhos.
O problema maior, conforme uma série de especialistas, tem sido encontrar gente para trabalhar. Sparta garante, no entanto, que, ao longo da pandemia, profissionais de outras áreas foram treinados para atuar em UTIs – que são o maior gargalo do sistema de saúde.
– Aumentou o número de profissionais que podem participar quando for necessário – afirma o secretário.
O que ainda não ficou claro, caso o hospital de campanha seja construído, é se ele terá leitos de UTI ou apenas leitos de enfermaria. Se tiver UTIs, o tempo para montá-lo e a dificuldade para equipá-lo podem ser bem maiores.
Prefeitura conversa com dois consórcios sobre compra de vacina
Em relação à vacina: Porto Alegre vai entrar no consórcio de municípios organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos. A ideia é comprar imunizantes com recursos próprios e complementar o vagaroso Programa Nacional de Imunizações, propiciando mais doses à população.
Na manhã desta quinta-feira (4), o prefeito Sebastião Melo participou de uma reunião virtual para debater o ingresso em um segundo consórcio: esse é formado apenas por prefeituras da Região Metropolitana e de Santa Catarina. O objetivo é adquirir a vacina russa, Sputnik V.
– São movimentos paralelos, e estamos dedicando energia na análise de vários caminhos possíveis, para tentar acelerar ao máximo a vacinação – diz o secretário Sparta.