Dos 497 municípios gaúchos, apenas 20 até agora manifestaram interesse oficialmente no consórcio para a compra de vacinas contra a covid-19 organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). No Brasil, são 460 prefeituras interessadas. A lista atualizada divulgada por volta das 17h desta terça-feira (2) traz interesse de Canoas, Pelotas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Passo Fundo, Cachoeirinha, Bagé, Esteio, Vacaria, Nova Esperança do Sul, Rio Grande, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Uruguaiana, Igrejinha, Estrela Velha, Rolador, Cachoeira do Sul, Pinheiro Machado e Torres. Porto Alegre, por enquanto, não está na lista divulgada pela entidade, mas garantiu que vai, sim, aderir à negociação. A situação é a mesma relatada por Santa Maria.
Para que a adesão seja oficializada, é necessário ainda a aprovação das câmaras de vereadores. Os prefeitos têm até a próxima sexta-feira (5) para manifestar interesse por meio do site da FNP e até o dia 19 de março para encaminhar lei municipal aprovada.
O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, fez a adesão ao consórcio no primeiro dia. Ele explica que a medida foi tomada para dar agilidade à campanha de vacinação da população. Na cidade, apenas 3,54% da população recebeu a primeira dose, proporção semelhante ao observado no país.
— É uma importante alternativa para dar mais celeridade à imunização da população. A intenção é atuar de forma complementar ao PNI, para que as vacinas cheguem em maior quantidade e velocidade no braço dos brasileiros — explicou.
A ideia do consórcio é adquirir vacinas ainda não compradas pelo Ministério da Saúde. Portanto, os prefeitos não comprarão as vacinas de Oxford, do Butantan e a Covaxin.
A Pfizer, a União Química – que fabricará as doses da vacina russa – e a Janssen serão procuradas para fornecer os imunizantes ao consórcio. Nesse modelo de contrato, o comprador tem maior poder de negociação, já que serão adquiridas quantidade muito grande de vacinas.
O imunizante da Pfizer foi o único que já recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não foi comprado porque o governo federal considerou as cláusulas contratuais abusivas.