Já conformada sobre a inviabilidade de um lockdown, a prefeitura de Porto Alegre segue estudando formas de reduzir ainda mais a circulação de pessoas na rua. A tendência é de que, nos próximos dias, o governo imponha regras para restringir o trânsito de veículos.
Desde o início do mês, a meta anunciada pelo prefeito Marchezan, de alcançar 55% na taxa de isolamento, vem fracassando rotundamente. E um dos dados que chamam atenção é que, se comparado ao período anterior à pandemia, o movimento de carros caiu só 20%. Para se ter uma ideia, a circulação dos ônibus despencou 70%.
Ou seja, na avaliação interna da prefeitura, boa parte da movimentação nas ruas é de gente que se desloca em veículos particulares. Não há uma definição, ainda, sobre quais restrições serão adotadas, mas algumas hipóteses já entraram em discussão no comitê da prefeitura que debate o enfrentamento ao coronavírus.
Uma delas: proibir – ou, no mínimo, limitar bastante – o estacionamento em via pública. O objetivo, claro, seria que o motorista não tivesse onde deixar seu carro para descer dele. Outra possibilidade é repetir o que fez São Paulo: veículos com placas que terminam em número par só poderiam circular em dias pares do mês, e os que têm placas com final ímpar, em dias ímpares. A Brigada Militar, nesse caso, seria acionada para ajudar em barreiras montadas pela EPTC.
Em busca da melhor medida, técnicos do governo estão levantando restrições adotadas em todos os Estados brasileiros. Não há certeza sobre quais serão implementadas, mas há um consenso de que o trânsito precisa parar.