Prometida inicialmente para julho, a regulamentação das patinetes de aluguel em Porto Alegre vai atrasar.
– Estamos com um problema bom – justifica o secretário extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Mata Tortoriello.
Segundo ele, nas últimas quatro semanas, quando a prefeitura abriu uma consulta pública sobre o assunto, as empresas que operam o serviço – inclusive algumas interessadas em atuar em Porto Alegre – enviaram uma série de sugestões à prefeitura.
– É um material muito rico e robusto. Algumas questões nós nem tínhamos pensado – diz Tortoriello, prevendo para agosto a publicação do decreto.
O secretário ressalta que a intenção central é "manter a cidade organizada", mas sem inviabilizar a operação do sistema. Uma das intenções é "democratizar o uso" das patinetes – uma questão na qual, segundo ele, "talvez ninguém tenha atentado":
– Queremos que diferentes regiões e outras classes sociais possam ter acesso a esses modais – adianta Tortoriello, sem revelar detalhes de como isso ocorrerá.
Já está definido que os capacetes serão apenas recomendados – e não obrigatórios, como em São Paulo e no Rio. Com as empresas obrigadas a fornecê-los, um dos problemas seria de higiene: como oferecer ao cliente um capacete que já foi usado por outras 10 pessoas no mesmo dia?
Tortoriello afirma que haverá regulação sobre onde as empresas poderão estacionar as patinetes – que vêm sendo alvo de reclamações de pedestres. Aliás, a circulação dos aparelhos nas calçadas, hoje permitida pelo Código de Trânsito Brasileiro, também é debatida na prefeitura.