Nílson Souza
Sou da geração que viu a chegada da televisão. Primeiro, causou deslumbramento: era para poucos ter um pequeno cinema dentro de casa, ainda que as imagens fossem de má qualidade, com fantasmas, chuviscos e até Bombril na ponta da antena (talvez a mais imprevista de suas 1.001 utilidades). Depois, a tevê ganhou cores, novos formatos, controle remoto, telas planas, essas coisas que hoje todos conhecemos. Porém, à medida que se aperfeiçoava tecnicamente e se popularizava, também passava a ser vista com desconfiança por alguns setores da sociedade: babá eletrônica, dementadora, formadora de idiotas, essas coisas que já ouvimos e lemos tantas vezes.
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