Nestes tempos em que uma enciclopédia colaborativa escrita e reescrita diariamente a muitas mãos se tornou a principal fonte de consulta de parcela expressiva da humanidade, não é de admirar que os ocupantes do poder político se julguem autorizados a adaptar a história do país às próprias convicções. Vivemos a cultura do efêmero. Se algum registro histórico nos incomoda, deletamos e elaboramos outro, de acordo com a nossa vontade e as nossas crenças. Não são apenas os poderosos que fazem isso. Qualquer indivíduo conta hoje com instrumentos suficientes para divulgar a versão edulcorada da própria vida – e para refazer o passado conforme sua imaginação.
Outra história
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Se algum registro histórico nos incomoda, deletamos e elaboramos outro, de acordo com a nossa vontade e as nossas crenças
Nílson Souza
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