O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou de forma tímida o desempenho do PIB acima do esperado no terceiro trimestre. O mercado e o próprio governo projetavam queda. Os resultados poderiam ter sido ainda melhores, no entendimento do ministro, se os cortes na Selic tivessem ocorrido mais cedo.
— Quero alertar para o seguinte: a taxa de juros real atingiu o patamar mais alto em junho. Foi o pior momento da safra de juros em termos reais e o Banco Central só começou a cortar os juros em agosto. Portanto, tivemos PIB positivo, mas fraco — avaliou, em entrevista a partir da Alemanha, em viagem junto ao presidente Lula.
Para 2024, Haddad prevê crescimento na casa de 2,5%, apesar de vários indicadores mostrarem que a estimativa é muito otimista. O resultado, segundo o ministro, também dependerá do Banco Central.
— O PIB (do terceiro trimestre) é fraco, mas com, os cortes na taxa de juros, esperamos mais de 3% (de crescimento consolidado) este ano e 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele — destacou.
Para estimular a economia em um ano que deve ser influenciado por resultados ruins no Exterior, o governo planeja outras iniciativas de incentivo ao consumo, que facilitem o acesso ao crédito e a renegociação de dívidas.