Marta Sfredo

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A coluna online é um pouco diferente da GPS da Economia, de Zero Hora, que também assino. Aqui, cabe tudo. No jornal impresso, o foco é em análise dos temas que determinam a economia (juro, inflação, câmbio, PIB), universo empresarial e investimentos.

Câmbio nervoso
Notícia

Após despencar, dólar sobe quase 1% por incerteza

Taxas para China vão somar 145%, e não 125%, como previam os cálculos iniciais, o que traz uma dose a mais de temor à guerra comercial

Marta Sfredo

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Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Moeda americana fechou em alta de 0,92%, para R$ 5,899.

Como a pausa no tarifaço é relativa e a incerteza segue crescendo — as taxas para China "subiram" mais 20%, não há descanso para o mercado de câmbio. O dólar teve alta de 0,92%, para R$ 5,899, nesta quinta-feira (10), em mais uma sessão marcada por volatilidade.

A informação da Casa Branca de que as tarifas para China vão somar 145%, e não 125%, como previam os cálculos iniciais, traz não só uma dose de incerteza, como também uma injeção de temor à guerra comercial. 

É bom lembrar que, apesar de Donald Trump ter pausado por 90 dias as tarifas acima de 10%, exceto para China, as taxas mantidas são cerca de três vezes maiores do que a média americana. Ou seja, o impacto para o comércio internacional ainda é pesado.

Como muitas empresas americanas dependem de produtos chineses, as principais bolsas de lá caíram: o índice mais tradicional (Dow Jones Industrial Average ou DJIA) teve baixa de 2,5%; o mais abrangente (S&P 500), de 3,46%; e a Nasdaq, de empresas de tecnologia, de 4,31%. A bolsa brasileira (B3) também fechou em queda de 1,13%.

As bolsas asiáticas tiveram alta, ainda repercutindo o alívio relativo da véspera, que indicava um recuo de Trump. A japonesa Nikkei fechou com salto de 9,13%, enquanto a Hang Seng, de Hong Kong (China), subiu 2,06%. Os pregões já estavam fechados quando houve o anúncio de pausa das tarifas acima de 10%.

As bolsas europeias, por sua vez, acompanharam o movimento dos mercados asiáticos. A União Europeia (UE) vai suspender por 90 dias as medidas de retaliação contra as tarifas americanas. Assim, os principais índices subiram por lá, mas fecharam perto das mínimas da sessão: a bolsa de Londres (FTSE 100) teve alta de 3,04%: a de Frankfurt (DAX), de 4,53%; a de Paris (CAC 40), de 3,83%; e a de Milão (FTSE MIB), de 4,73%.

*Colaborou João Pedro Cecchini

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