Nesta sexta-feira (1º), o dólar não só quebrou uma barreira inédita no governo Lula ao fechar acima de R$ 5,80. A alta foi tão acelerada, de 1,5%, que já se aproxima do próximo patamar, de R$ 5,90. A semana encerrou com a moeda americana valendo R$ 5,87.
Essa é a maior cotação desde 13 maio de 2020, quando havia fechado em R$ 5,901. Tamanha variação não foi resultado apenas da perspectiva de suspense esticado sobre o pacote de corte de gastos com a viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Europa, de onde só volta no final da próxima semana.
Também houve uma onda global de valorização do dólar, provocada por busca de proteção no último final de semana antes da eleição americana.
Com uma alta tão forte nesta semana e a expectativa que deve se acumular ao longo da próxima - a apuração nos Estados Unidos, com apostas de que votação seja apertada, deve levar dias - a possibilidade de que o dólar supere sua máxima nominal história - de R$ 5,90 - já não está tão fora de cenário.