Um dia depois que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou que vem aí um ajuste fiscal pelo lado da despesa, representantes de grandes bancos privados que atuam no Brasil se reuniram por duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na saída, o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse ter percebido um "compromisso firme" com o equlíbrio fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Mas fez questão de temperar a profissão de fé com uma advertência sobre a urgência de "dissipar os ruídos e as incertezas" na economia.
Foi um recado eloquente diante das dúvidas que cercam as medidas que estarão - ou não - no "pacote de maldades". Se os banqueiros manifestaram confiança, os sindicalistas já questionaram o ex-colega. Como envolveria mudanças no seguro-desemprego, a Força Sindical indagou, em nota: "Será que o presidente Lula aprova essa medida prejudicial aos trabalhadores?"
O pacote que virá depois das eleições será o resultado das pressões e acomodações necessárias. Haverá, com certeza, ruídos e incertezas.