O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Mesmo com prejuízos operacionais da enchente de maio, o setor de móveis gaúcho teve faturamento 9% maior no primeiro semestre deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo dados da Secretaria da Fazenda apresentados pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs), as empresas do segmento — ao todo, são cerca de 2,4 mil — registraram faturamento de cerca de R$ 6,1 bilhões de janeiro a junho deste ano.
O que puxa o resultado é o aumento de vendas de móveis como roupeiros, mesas e camas. Auxílios à população gaúcha, somados ao adiantamento do 13º salário, colocaram mais recursos em circulação, fomentando o setor.
A exportação de móveis no Estado também cresceu 6,8% no primeiro semestre, movimentando cerca de US$ 119,7 milhões em transações com 98 países.
No entanto, o presidente da Movergs, Euclides Longhi, afirma que o acréscimo em faturamento não necessariamente representa aumento de lucro.
— Além de enfrentarem adversidades, muitas indústrias, em gesto de solidariedade, abriram mão de parte dos seus lucros para fazer doações. Também flexibilizaram as negociações. De modo geral, o setor está conseguindo contornar a situação.
O aumento de vendas também trouxe dados positivos ao mercado de trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até julho deste ano, foram criados 143 postos de trabalho no setor moveleiro gaúcho, totalizando cerca de 36 mil profissionais.
*Colaborou João Pedro Cecchini