Está confirmado: a Equatorial, dona da área de distribuição da CEEE, tornou-se nesta sexta-feira (28), sócia estratégica da Sabesp, maior empresa de saneamento do país. O valor da compra é estimado em R$ 7 bilhões.
O anúncio oficial foi feito há pouco pelo governo de São Paulo. Até quarta-feira (26), outra empresa bem conhecida dos gaúchos, a Aegea, nova dona da Corsan, disputava com a Equatorial, mas acabou desistindo.
Com essa definição, o governo de São Paulo deve vender mais ações da Sabesp no mercado até reduzir sua fatia atual, de 50,3% para cerca de 18%. A Equatorial garantiu uma fatia de 15% na empresa que é considerada a "joia da coroa" do saneamento.
Especializada em privatizar e reestruturar distribuidoras de energia, a Equatorial entrou no saneamento há menos de três anos, com a compra da Caesa, de Alagoas. A Sabesp se tornou mais conhecida dos porto-alegrenses por emprestar bombas ao Dmae para apressar o escoamento dos alagamentos de maio.
Entre as causas do final um tanto melancólico da oferta de ações da Sabesp, que não teve concorrência, estão as regras da venda. O ponto mais desencorajador foi uma "pílula de veneno". Esse é o nome (que costuma ser usado na versão em inglês, poison pill) da cláusula que proíbe o acionista de referência de comprar ações de outros sócios para se tornar majoritário.