Como havia indicado, a Equatorial Energia está mesmo interessada em investir em saneamento básico. Nesta quinta-feira (2), arrematou em leilão a concessão dos serviços da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).
A Equatorial representa 80% do consórcio vendedor, que tem como parceira a SAM Ambiental e Engenharia, detentora de 20%.
O leilão internacional desenhado pelo Estado do Amapá foi feito no modelo inverso, ou seja, venceu quem "deu menos". A coluna explica: a disputa era pelo maior deságio (desconto) sobre uma tarifa de referência. Em outras palavras, o ganhador foi quem se comprometeu a cobrar menos pelo abastecimento de água e serviço de esgoto.
O deságio oferecido pelo consórcio Marco Zero, formado por Equatorial e SAM, foi de 20%. As empresas também pagarão outorga de R$ 930 milhões. O modelo escolhido pelo Amapá é diferente do que o governo gaúcho pretende adotar na privatização da Corsan, como a coluna já explicou (clique aqui para ler detalhes sobre o modelo do Piratini). No Amapá, há previsão de investimento de R$ 3 bilhões nos 35 anos de contrato.
A vitória no leilão marca a entrada da Equatorial na área de saneamento. Conforme a empresa, "representa um importante passo na estratégia de crescimento do grupo no setor de infraestrutura, sempre buscando disciplina na alocação do capital".