Nesta terça-feira (31), a CEEE-D anunciou a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures (títulos de dívida privada).
Conforme a nova controladora da empresa, a Equatorial Energia, os recursos serão usados no pagamento antecipado de passivos - a empresa herdou pendências de R$ 4,1 bilhões –, reforço de capital de giro e, mais tarde, em investimentos relativos a projetos de infraestrutura.
Embora não tenha detalhado a destinação dos recursos, a nova direção da CEEE-D, que assumiu em meados de julho, já havia informado que a prioridade era pagar empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) que havia sido contraídos em dólar, sem contratação de proteção contra a variação da moeda americana (hedge). Ou seja, a cada alta no câmbio, também subia a dívida estimada em R$ 1 bilhão.
A emissão de debêntures, portanto, é uma espécie de troca de uma dívida cara e incerta por outra mais controlável. Segundo a Equatorial, R$ 1,2 bilhão das debêntures têm prazo de cinco anos, e outra série, de R$ 300 milhões, até oito anos. Esse segundo valor será destinado a "investimentos relativos a projetos de infraestrutura". Quando assumiu a CEEE-D, a nova controladora anunciou aportes muito modestos, que ainda estão longe das necessidades de melhora do serviço da companhia.