Por motivos que serão explicados só na quarta-feira (10), a coluna fez um mergulho no noticiário argentino. Uma das informações mais instigantes que colheu é sobre a nova viagem do presidente Javier Milei aos Estados Unidos.
A partida, na noite desta terça-feira (9), tem como objetivo imediato receber o título de "embaixador internacional da luz" pela comunidade Jabad Lubavitch, em Bal Harbour, na Flórida. A agenda também prevê, no sábado, ida a Austin, no Texas, a encontro de... Elon Musk. É, parece que a América Latina é o novo playground do bilionário dono de Tesla, SpaceX, Starlink, Neuralink e X (ex Twitter). Talvez porque aqui possa falar mais alto do que os ditadores de fato e de direito em outros países.
Ainda está prevista uma reunião com o brasileiro Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). E uma "esticada" até a Dinamarca, para uma cerimônia do acordo de compra de aviões de caça F-16 equipados com armamento americano e valor estimado de US$ 600 milhões.
É uma boa hora para deixar o país, ainda que por uma semana. Depois dos fortes protestos pela ameaça de demissão de 70 mil funcionários públicos, ainda há mais más notícias para o governo. Nesta terça-feira (9), o HSBC, banco britânico que também abandonou o Brasil em meio à recessão de 2015, confirmou sua saída da Argentina. Vendeu suas operações ao espanhol Banco Galícia por US$ 500 milhões.
E para ficar apenas na área econômica, Milei ainda caiu em uma pegadinha, assim como seu ministro da Economia, Luis "Toto" Caputo. Depois que ambos deram longas entrevistas sobre a desaceleração da inflação usando dados de um perfil no X (pois é...) que usaria uma base de supermercados, veio a surpresa. O responsável pelo perfil informou que as informações eram falsas e que se tratava de um "experimento social". Depois a gente acha que o Brasil é que é movimentado...