O Rio Grande do Sul receberá nos próximos dias uma delegação composta por lideranças empresariais, políticas e diplomáticas da Holanda (oficialmente Reino dos Países Baixos) nos dias 3 e 4 de março. O grupo participará de encontros de negócios e de cooperação nas áreas de portos e energias renováveis.
A agenda ocorrerá em Pelotas, no dia 3, e Rio Grande, no dia 4, onde os holandeses visitarão o complexo portuário e terão encontros para tratar de oportunidades de cooperações comerciais. A comitiva holandesa se reunirá com empresas instaladas no Estado, a Portos RS, o Governo do Estado e as prefeituras das duas cidades que receberão o grupo, além de representantes também da prefeitura de Porto Alegre.
A missão holandesa é composta por 23 participantes, incluindo a vice-embaixadora do Reino dos Países Baixos no Brasil, Afke Mulder, o vice-prefeito de Rotterdam, Robert Simons e o diretor do Porto de Rotterdam, René van der Plas.
— Os Países Baixos são o hub logístico para a Europa, a o Brasil, com sua grande costa e economia, é o principal hub da América Latina, então isso nos dá uma parceria natural. Como o mundo inteiro, estamos nesse período de transição econômica e energética, em que também precisamos incluir o desenvolvimento sustentável na área de comércio e portos. É isso que estamos tentando fazer com essa parceria, com a inclusão da agenda de transição de energia nessas áreas de cooperação — afirma Afke Mulder.
A visita da missão holandesa integra o Green Ports Partnership (GPP, sigla em inglês de Parceria para Portos Verdes), acordo assinado em maio de 2023 pelos governos do Brasil e do Reino dos Países Baixos. O GPP tem como objetivo promover o crescimento econômico por meio do desenvolvimento de portos sustentáveis e energias renováveis.
A Portos RS, que faz parte do programa, juntamente com os Portos de Pecém (Ceará) e Paranaguá (Paraná), é o principal parceiro nessa agenda da comitiva no Rio Grande do Sul.
— O Porto de Rio Grande é muito importante dentro desse cenário, pela localização, pelas circunstâncias naturais, e também pela forte base econômica do Estado — destaca a vice-embaixadora do Reino dos Países Baixos no Brasil.
Um dos grandes atrativos para os holandeses no Brasil — e no Estado — é o desenvolvimento do hidrogênio verde.
— Já estamos no meio dessa transição, e a demanda global por hidrogênio verde vai apenas aumentar nos próximos anos para limpar as economias e as indústrias. O Rio Grande do Sul tem, com sua base de agricultura forte e seu setor industrial, tem uma oportunidade muito importante para se destacar nessa produção — reforça Afke Mulder.
* Colaborou Mathias Boni