A 69ª Feira do Livro de Porto Alegre de fato movimenta a economia da Capital, como a coluna já havia sustentado. E não é só com a venda de livros, de lanches e do aumento da demanda de transporte, seja de pessoas ou de cargas.
Pelo menos três redes de hotéis relatam aumento na ocupação durante um dos mais tradicionais eventos da cidade, que começou nesta sexta-feira (27) e vai até 15 de novembro.
Uma rede com vários hotéis pela cidade, a Master, já está com boa parte de suas vagas preenchidas. Sua unidade mais próxima da Praça da Alfândega, o Grande Hotel - e local escolhido para a revelação do nome do novo patrono da feira -, registrou 75% de ocupação para a semana de maior movimento.
Outra rede de que já registra crescimento de reservas é a Laghetto. Nas suas unidades na Capital, a ocupação passou de uma média de 65% nas três primeiras semanas de outubro para 85% entre este fim de semana e 15 de novembro. Na Intercity, outra que tem várias unidades em Porto Alegre, relata que seu hotel na Avenida Praia de Belas está com reservas 30% acima do habitual.
Conforme a diretora geral da Rede Master, Livia Trois, a projeção média de ocupação para a Feira do Livro é de 90% em toda a rede de hotéis na Capital.
— Pela proximidade com a Praça da Alfândega, o Master Grande Hotel é o mais procurado pelos hóspedes que vem à Porto Alegre pelo evento, porém todos os hotéis da rede aumentam suas reservas neste período — destaca.
E já que vários segmentos da economia se beneficiam da feira, fica a dica: podem contribuir, no futuro, para garantir a realização de uma festa da leitura mais robusta. No papel de vendedora voluntária por algumas horas na banca da Associação Riograndense de Imprensa (AR), a jornalista que assina essa coluna testemunhou imenso interesse dos jovens pelos livros. Sim, o livro impresso tem poderosos concorrentes. Mas tem um componente afetivo que aponta para sua resiliência como produto cultural. E econômico.
* Colaborou Mathias Boni