O aumento do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de 1º de maio, e que a faixa de isenção do Imposto de Renda vai subir para R$ 2.640 - dois salários mínimos - devem representar custo fiscal de R$ 21,5 bilhões.
A estimativa é do economista Felipe Salto, ex-Instituto Fiscal Independente do Senado e ex-secretário da Fazenda de São Paulo. As bondades vão complicar o projeto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reduzir o déficit nas contas públicas previsto para este ano.
No caso do salário mínimo, há previsão de gasto extra de R$ 4,8 bilhões entre maio e dezembro. O impacto maior é na Previdência, com benefícios indexados a esse piso. No caso do IR, a estimativa é de redução na arrecadação de R$ 16,78 bilhões.
As duas medidas são vistas como as primeiras bondades concedidas por Lula, e devem ser reforçadas pelo relançamento do Bolsa Família logo depois do Carnaval. Embora Lula não tenha detalhado, e a Receita Federal ainda não tenha se manifestado oficialmente, a expectativa é de que a nova isenção já valha para a declaração deste ano, até porque o prazo de apresentação foi adiado na véspera até 31 de maio.