Na quinta-feira (9), em vez da discordância entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do Banco Central, Roberto Campos Neto, o que perturbou o mercado financeiro foi uma suposta convergência. Houve rumores de que Campos Neto também seria favorável ao aumento da meta de inflação (fixada em 3,5% neste ano, e em 3% em 2024 e 2025). Ao contrário da autonomia do BC, considerada essencial por quase todo setor produtivo e todos os economistas ortodoxos, esse ponto criticado por Lula encontra eco em vozes do mercado - como parece ser o caso do próprio Campos Neto. Como a coluna já relatou, o responsável por implantar o sistema de metas no Brasil como diretor do BC, Sergio Werlang, está entre os que consideram 3% ao ano uma meta "muito apertada" para a realidade nacional. Nesta entrevista à coluna, ele explica os motivos e detalha o que deveria preceder um eventual aumento da meta.
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"Brasil precisa ter meta de inflação mais alta", diz responsável por implantar sistema no BC
Sergio Werlang sustenta que países com problemas fiscais têm mais pressão de preços e sugere algo entre 4% e 4,5%
Marta Sfredo
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