Tem gaúcho cotado no jogo de xadrez da formação da equipe do futuro governo: o ex-governador Germano Rigotto é um dos nomes considerados para o novo Ministério de Indústria e Comércio.
"Novo" porque havia sido extinto, mas também porque deve ressurgir reformulado.
Rigotto integra exatamente o grupo temático de Indústria e Comércio na equipe de transição. A formação dessa equipe, aliás, tem claramente forte influência do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que chegou a ser cotado para o cargo. Depois, o próprio presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, descartou que seu vice ocupasse algum ministério.
A indicação de Rigotto ao ministério representaria a cota do MDB no governo de frente ampla. Simone Tebet deve ocupar um ministério, mas na cota pessoal de Lula, não como indicação de partido. À Rádio Gaúcha, o ex-governador já afirmou que seu compromisso é lutar pela reforma tributária.
Como Rigotto é mais conhecido no Sul, a coluna perguntou ao ex-secretário de Comércio Exterior do Mdic, Walter Barral, como seria vista essa indicação em nível nacional. Na visão de Barral, seria "um bom nome", por ter articulação política e experiência de gestão. No primeiro turno, Rigotto foi um dos principais nomes da campanha de Simone.
No comando da equipe econômica, as apostas seguem concentradas, agora, em Fernando Haddad para a Fazenda e Pérsio Arida - ou André Lara Resende - para o Planejamento. O arranjo é do gosto de Lula: ter a tese e a antítese para fazer a síntese. Conforme observadores com acesso a informações da equipe de transição, o cenário muda quase que diariamente.
Atualização: no início da noite, Rigotto procurou a coluna para dizer que não pretende ocupar cargo no futuro governo, o que não quer dizer que não dará sua contribuição durante a transição. Disse ver com naturalidade a especulação sobre seu nome, por ser um reconhecimento à sua história e experiência.