A segunda edição de uma pesquisa realizada pela Netfive, que atua com foco na segurança da informação e serviços de TI, mostrou que 42% das empresas gaúchas têm vulnerabilidades digitais que representam riscos para os seus negócios.
Os dados foram obtidos a partir de um questionário anônimo aplicado em cerca de 200 empresas de médio e grande porte do Estado, além da realização de um teste de vulnerabilidades.
Apesar do número elevado, o dado apresentado no relatório deste ano é 30% menor do que o apontado em 2021. Mesmo assim, não significa que as companhias estejam mais protegidas, explica Henrique Schneider, CEO da Netfive.
— Ao comparar os dados das edições de 2021 e 2022, vemos que o número de empresas vulneráveis diminuiu, mas as vulnerabilidades identificadas duplicaram. Hoje, os ataques ocorrem em cima dessas brechas, e em tempo muito menor. Na prática, o aumento dessa exposição a risco significa que mais portas estão abertas para que cibercriminosos possam agir — alerta Schneider.
No ano passado, o estudo constatou que 70% das empresas gaúchas tinham ao menos três fragilidades na segurança da informação. Na edição atual, esse número caiu para 42%, mas o de eventuais "portas" encontradas subiu para seis. Além disso, pouco mais de 5% das organizações apresentaram em média três vulnerabilidades consideradas críticas.
O levantamento aponta que em torno de 72% das empresas fazem gestão de risco, mas apenas 53% têm plano estruturado de resposta a incidentes. Significa que pouco mais da metade mapeou ações para reduzir danos em casos de situações críticas, como ataques e vazamentos.
* Colaborou Mathias Boni