Depois de registrar lucro de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre, a Braskem teve prejuízo de R$ 1,4 bilhão entre abril e junho deste ano. A companhia, que é dona de quase todo o polo petroquímico gaúcho, está à venda, mas apesar de ter recebido propostas, conforme informações de mercado, ainda não fechou negócio.
O que provocou a perda trimestral, conforme a própria empresa, foi o necessário aumento da provisão para bancar indenizações para moradores de Maceió (AL), que perderam casas onde a empresa fazia mineração de sal-gema, insumo usado na produção de PVC. Também contribuiu a queda do real frente ao dólar, porque a empresa tem dívidas na moeda americana de US$ 3,6 bilhões
No mercado, circulam informações sobre pelo menos três ofertas feitas para a compra de todo ou partes do negócio da Braskem: do fundo americano Apollo, do banco nacional BTG Pactual e da empresa petroquímica Unipar. Além desses, a coluna confirmou que houve negociação com a J&F, a holding que controla a gigante das carnes JBS.
A única que teria proposto o negócio considerado ideal, a compra das fatias da Novonor (ex-Odebrecht) e da Petrobras, que também quer vender, seria a Apollo. Na segunda-feira (8), diante de novas especulações sobre a venda, a Braskem voltou a publicar nota informando ter consultado sua controladora. A Novonor reiterou que "até o presente momento, não houve evolução material em relação a qualquer alternativa relacionada à alienação de sua participação na Braskem".
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