Nesta quinta-feira (12), a Braskem informou os resultados do primeiro trimestre: a gigante petroquímica internacional teve lucro de R$ 3,9 bilhões, 56% acima de igual período do ano passado e 632% acima do trimestre anterior.
Mais um resultado bilionário — a receita líquida chegou a R$ 26,7 bilhões e o Ebidta (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações), a R$ 4,8 bilhões — deve aumentar a atratividade da dona de quase todo o polo petroquímico gaúcho, que está à venda.
Como a coluna registrou, a mais recente especulação foi de venda à J&F, controladora da JBS. A Novonor (ex-Odebrecht), que controla a Braskem, afirmou que "até o presente momento não houve evolução material em qualquer alternativa relacionada a alienação de sua participação". Poucos dias depois, deu a mesma resposta diante da consulta sobre negociações com um fundo de investimentos dos Estados Unidos chamado Apollo.
Na entrevista de apresentação dos resultados, a coluna perguntou ao vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Braskem, Pedro Freitas, qual era a expectativa sobre a definição do futuro da companhia. E ouviu, como resposta:
— A Braskem apoia os acionistas nos seus processos de desinvestimento. Houve uma tentativa de oferta no mercado de ações, em janeiro, que acabou não sendo concluída por decisão dos acionistas. No ano passado, a Novonor comunicou que buscaria vender suas ações. Mas a gente não participa diretamente da venda, não tem conhecimento de que conversas estão, de fato, acontecendo ou não. Quando consultamos os acionistas, as respostas são de que a Petrobras está engajada com venda ao mercado acionário e a Novonor está olhando as diversas alternativas que tem.
Então, o destino da Braskem e da maior parte do polo gaúcho ainda está, pelo menos até agora, entre a dona da JBS e o fundo americano Apollo.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo