Quem passa pela Avenida Cristiano Fischer, em Porto Alegre, tem a atenção chamada por um tapume que se estende por várias quadras. A coluna, claro, foi averiguar do que se trata.
Descobriu um projeto imobiliário que, se não for inédito, há muito não se realizava em área mais próxima do centro da Capital: será um condomínio de casas de altíssimo padrão.
Conforme Bruno Zaffari, CEO da Belmondo Empreendimentos, o terreno de 35 mil metros quadrados foi comprado ainda em 2003, e exigiu muita análise para definir seu destino. Mas o projeto ainda é tão novo ainda que não tem nome definido. A expectativa do empresário é de que a licença da prefeitura saia até o final deste ano.
— Depois de muito estudo, porque não era algo óbvio, porque há uma tendência de verticalizar, decidimos fazer um condomínio de lotes para casas de altíssimo padrão. Existe uma demanda reprimida de pessoas que querem morar em casa. As alternativas de condomínio horizontal em Porto Alegre são mais distantes do centro — detalha Bruno.
A coluna quis saber se a pandemia, que revalorizou espaços ao ar livre, foi decisiva para a definição. O empresário afirmou que foi uma "externalidade que acabou reforçando a tese", porque o projeto já estava esboçado nesse formato antes da covid-19. Bruno detalha que várias alternativas foram descartadas, como shopping, multiuso. A conclusão foi de que já havia vários na cidade.
— Quando a Belmondo se envolve em um projeto, gosta de fazer algo que marque — afirma, com a experiência de uma pedreira literal no currículo, quando construiu um prédio comercial na Anita Garibaldi.
O projeto do clube que será o centro do condomínio é do arquiteto Isay Weinfeld, conhecido por selecionar empreendimentos em que participa, relata Bruno. Nesse caso, pondera, a assinatura é uma espécie de chancela de algo não trivial. Cada terreno terá entre 1 mil e 2 mil metros quadrados.
— Haverá um plano diretor interno que definirá limites de altura, regras de afastamento, mas também muita liberdade para que cada condômino faça sua casa como quiser.
Como ainda espera pela licença da prefeitura e precisava começar a definição do nome, relata, a Belmondo resolveu fazer uma pesquisa com família e amigos. Nesse processo de consultas a pessoas próximas, conta, surgiu uma lista informal de inscritos que resultou em um número de interessados maior do que a capacidade de entregar terrenos:
— Serão 18 terrenos, temos mais de 20 potenciais compradores. Claro, nem todos vão fechar negócio, mas é um bom indicativo do interesse.