Novidade que chegou a assustar há menos de um ano, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, está entranhado na vida dos brasileiros, de pagamento de bolão a compras de alto valor e até para doações. Por isso mesmo, a informação de que o BC teria de suspender o sistema ou ao menos adiar novas possibilidades causou preocupação.
O problema é que o orçamento (aquele que teria sido operado por macacos em Marte) cortou recursos para a área de tecnologia do Banco Central, a responsável imediata por rodar o Pix. A coluna consultou o BC sobre o risco e recebeu a resposta abaixo:
"Os impactos no orçamento do Banco Central serão administrados de modo a não prejudicar o Pix e sua agenda evolutiva."
Ou seja, embora o BC não negue que haverá "impactos no orçamento", pretende garantir a manutenção do sistema que, até 28 de fevereiro (data mais recente disponível), havia movimentado R$ 197,68 bilhões, com 275,3 milhões de transações.
Para lembrar, o orçamento aprovado no Congresso cortou cerca de R$ 30 bilhões em despesas obrigatórias — da área de tecnologia do BC à Previdência — para abrir espaço para aumentar as emendas parlamentares de cerca de R$ 23 bilhões para R$ 48,8 bilhões.
Ao assegurar que a "agenda evolutiva" também não será prejudicada, o BC se refere a novas possibilidades de uso do sistema. O planejamento é o seguinte, até o final deste ano:
No segundo trimestre
Conta salário
Pix cobrança
No terceiro trimestre
Mecanismo especial de devolução
Saque Pix
No quatro trimestre
Pix por aproximação
QR code pagador