O modalmais (que usa a marca assim, com letra minúscula), um banco digital influente no mercado financeiro, faz pesquisa regular de imagem com base em tuítes publicados.
Nesta terça-feira (16), informou que o percentual de menções negativas ao presidente Jair Bolsonaro foi o mais alto desde o início do mandato.
Trata-se de uma pesquisa de tendência orientada por dados, executada pela AP Exata, especializada em estratégia definida por dados. Na edição atual, as menções positivas foram de 27%, ante 32% na véspera, e as negativas atingiram 73%, sendo 68% no dia anterior.
Conforme a análise da pesquisa, "a condução da pandemia e a alta de preços têm corroído a imagem do PR" (presidente da República). A avaliação segue com a interpretação de que o futuro ministro da Saúde não tem sido visto, nas redes, como alguém que conseguirá corrigir os rumos do país no combate à covid: "é encarado como um nome que apenas seguirá os rumos traçados pelo seu antecessor, tem sido aplaudido apenas pela militância governista, que segue focada na defesa do tratamento precoce".
Nesta manhã desta terça-feira (16), ao chegar ao ministério, Marcelo Queiroga afirmou que a política de saúde não é do ministro, mas do governo Bolsonaro. Para complementar o clima e sustentar uma conclusão um tanto ousada, a pesquisa relata que "Arthur Lira (PP-AL, presidente da Câmara) está sendo criticado por bolsonaristas, por supostamente ter indicado a médica Ludhmila Hajjar para a Saúde" e acrescenta que, até o momento da compilação de dados, não havia se manifestado nas redes a respeito da indicação de Queiroga.
A análise da movimentação no Twitter acrescenta que ,apesar da falta de consenso em torno de restrições mais severos, mais Estados têm adotado essa estratégia, "pressionados pelo caos na saúde". Observa que o caso mais comentado na rede é o de Minas Gerais. Romeu Zema instaurou a fase roxa, a mais dura. "Acostumado a ser elogiado pela militância bolsonarista, hoje Zema tem sido alvo de críticas", completa a interpretação.
Outra fonte de críticas, conforme a pesquisa, é a informação de que a maioria dos beneficiários do novo auxílio emergencial vai receber apenas R$ 150, embora o valor ainda não seja oficial. Internautas fizeram contas ao que será possível comprar com o valor, chegando à conclusão de que será muito pouco, devido à inflação.