Em Santa Maria, 267 médicos assinaram um documento que pede a adoção de um "tratamento precoce" contra a pandemia. No documento, de 13 páginas, os trabalhadores da saúde pedem um enfrentamento imediato e mais assertivo contra a covid-19 por parte do poder público local. A iniciativa partiu de profissionais das mais diversas áreas médicas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à rede particular de planos de saúde.
Em certo trecho, os médicos dizem que "em um momento que centenas de casos surgem em nossa cidade, não podemos ficar de braços cruzados e deixar de tratar esses pacientes!". Eles também destacam que cabe ao médico ter a autonomia de decidir pelo tratamento a ser adotado para cada paciente. O grupo reitera que qualquer outra orientação que não faça uso do tratamento precoce não os representa.
A combinação para o que os profissionais chamam de "tratamento precoce" prevê a prescrição dos seguintes medicamentos: hidroxicloroquina, ivermectina, bromexina, azitromicina, nitazoxanida, zinco, vitamina D e anti-coagulantes, além de corticóides.
Em nota, a prefeitura de Santa Maria informou que, desde o começo da pandemia, os medicamentos listados no documento estão disponíveis na Assistência Farmacêutica do município gratuitamente para a população mediante prescrição médica. Para ter acesso a eles, o usuário precisa ser residente em Santa Maria e ser atendido no município pelo SUS.
Ao longo da pandemia, diversos estudos foram publicados alertando que não há tratamento preventivo eficaz contra o coronavírus, inclusive a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recomendação contrária ao uso da hidroxicloroquina como método de prevenção para a covid-19.