A conta é do respeitado Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre): despesas do trabalho em home office, com internet, água, alimentação e, especialmente energia , que cresce substancialmente no verão, especialmente com ar-condicionado, podem ficar até 25% mais altos.
Assim como a inflação é individual ou familiar, esse percentual depende do número de pessoas em teletrabalho e da rotina de cada um. Os gastos com home office, segundo o FGV Ibre, representam 35% do orçamento familiar.
Esse item virou tão importante que o FGV Ibre criou um grupo com produtos e serviços mais utilizados em casa: o Cesta Home Office. É baseado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR-DI) da FGV e composto por 17 itens (veja lista abaixo).
Conforme Bruno Inojosa, coordenador de produtos FGV Ibre, como muitas empresas já estavam adotando home office antes da pandemia, que acelerou esse movimento e, em alguns casos, tornou o modelo definitivo, a intenção é ajudar empresas e trabalhadores na gestão desse formato de atuação. Especialistas lembram que o home office também reduz algumas despesas dos profissionais, caso do deslocamento de casa até a empresa.
Como a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) regulamentou o trabalho remoto e previu uma repactuação dos contratos de trabalho para alinhar custos e responsabilidades, com a extensão dos períodos de atuação em casa será preciso que esse processo avance. Durante a pandemia, várias propostas foram apresentadas no Congresso para complementar essa regulamentação, mas nenhuma avançou.
A composição da Cesta Home Office
Gêneros alimentícios
Alimentação fora do domicílio
Tarifa de eletricidade residencial
Gás de bujão
Tarifa de gás encanado
Taxa de água e esgoto residencial
Móveis
Computador e periféricos
Aparelho telefônico celular
Material escolar (exclusive livros)
Jornal
Revista em geral
Tarifa de telefone residencial
Tarifa de telefone móvel
Mensalidade para TV por assinatura
Mensalidade para internet
Combo de telefonia, internet e TV por assinatura