O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
O veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos resultou em uma enxurrada de contestações no meio empresarial. Líderes dos 17 setores atingidos buscam reverter a medida e argumentam que a decisão coloca empregos em xeque.
À coluna, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que o veto foi "totalmente inoportuno". O dirigente participa de articulação empresarial, em Brasília, que busca convencer o Congresso a derrubar a medida.
— O veto foi totalmente inoportuno. Contraria a própria opinião do Ministério da Economia de que é preciso desonerar o custo do emprego. Vamos continuar com a mobilização, que não é belicosa — relata Pimentel.
Nesta sexta-feira (10), o empresário participou de uma reunião de industriais com o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto. O presidente da Abit, entretanto, disse que o veto presidencial não foi tratado na conversa com o ministro, já que agora cabe ao Congresso decidir sobre o assunto.
No Estado, um dos principais ramos impactados é a indústria calçadista. A desoneração permite que empresas optem por contribuir para a Previdência Social com percentual de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez do recolhimento de 20% sobre a folha de pagamento.