O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
A economia recebeu nova injeção de ânimo, nesta terça-feira (7), com a confirmação de número positivo. Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os investimentos de empresas para aumento da capacidade produtiva no país subiram 28,2% em maio, na comparação com abril. O indicador é chamado de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e contempla aportes em máquinas, equipamentos e construção civil.
O quadro, entretanto, requer cautela. O sinal positivo não altera a visão de que o coronavírus provoca uma crise severa, repleta de incertezas. Vale lembrar que a alta expressiva em termos percentuais ocorreu sobre uma base de comparação fraca. Em abril, setores diversos da economia brasileira ficaram com as portas fechadas.
Prova de que o cenário carrega uma série de dificuldades é a comparação com maio de 2019. Nesse tipo de recorte, o indicador de investimentos produtivos caiu 19,6% no país, informa o Ipea.
No trimestre encerrado em maio, o tombo foi de 20,6% frente aos três meses imediatamente anteriores. Já na comparação com igual trimestre de 2019, a queda foi um pouco menor, de 18,4%.