Um dos assuntos no mercado financeiro nesta quarta-feira (20) foi a rodada de maio da pesquisa XP Ipespe. O levantamento feito com base em mil entrevistas em todo o país, de 16 a 18 de maio, mostra uma tendência de aumento na reprovação ao presidente Jair Bolsonaro e de redução na sua aprovação, conforme avaliação do próprio instituto responsável. O grupo que considera o governo bom ou ótimo oscilou de 27% no final de abril para 25% agora, enquanto os que avaliam a gestão como ruim ou péssima foram de 49% para 50%. A expectativa para o restante do governo agora é 48% negativa e 27% positiva, ante 46% e 30% em abril.
Os entrevistados que avaliam que a economia está no caminho errado subiu de 52% para 57%, enquanto os que consideram que está no caminho certo passaram de 32% para 28%. Mas um dos resultados que mais chamou a atenção de operadores e investidores foi o crescimento da parcela que atribui ao presidente a responsabilidade pela situação econômica. O percentual, que era de apenas 3% em janeiro de 2019, no início do mandato, chegou a 23%.
Na atual edição da pesquisa, só o governo Lula supera o de Bolsonaro, com 25% de responsabilidade sobre a situação atual. O governo Dilma tem 12%, a gestão Temer, 9%, e fatores externos pesam 14%, conforme as pessoas consultadas. A pesquisa mostra que se mantém alto o apoio ao isolamento social como medida de enfrentamento à pandemia. Para 76%, é a melhor forma de se prevenir e tentar evitar o aumento da contaminação pelo coronavírus, enquanto 7% discordam. Outros 14% avaliam que há exagero. Sobre a duração do isolamento, 57% defendem que ele deve continuar até que o risco de contágio seja pequeno.