Em março, o setor de veículos, motos e de peças foi o que mais registrou queda nas vendas com a interrupção das atividades em decorrência da expansão da covid-19 no Brasil. Divulgado nesta terça-feira (7), o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, constatou que a queda no segmento foi de 23,1% em relação a fevereiro. A coluna já havia registrado que no Estado, as vendas de veículos caíram 27,12%, conforme dados da associação gaúcha das revendas, a Sincodiv/Fenabrave.
Segundo o estudo, todos os setores comerciais apresentaram retração em março(veja o gráfico). As quedas mais acentuadas estão concentradas nos setores que vendem produtos que as pessoas entendem que a compra pode ser adiada.
O desempenho dos materiais de construção também preocupada, a queda foi de 21,9%. Mesmo sendo estabelecimentos autorizados para funcionar durante a pandemia, os supermercados, hipermercados, comerciantes de alimentos e bebidas tiveram queda de 8,8%. A redução total é de 16,2%. No comparativo mensal da série histórica, o resultado é o pior desde que o levantamento foi criado, em 2000.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em março, o prejuízo do comércio brasileiro foi de R$ 53,5 bilhões . O valor representa uma retração de 46,1% no faturamento do setor, em comparação com o mesmo período do ano passado.
No Rio Grande do Sul, desde a implementação dos decretos que determinaram o fechamento do comércio, o setor registrou R$ 2,15 bilhões de prejuízo. O Estado teve o quinto pior desempenho entre os dez avaliados no levantamento.