O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Na reta final de dezembro, pelo segundo ano consecutivo, o Rio Grande do Sul vê luz brilhar no setor de energia. A exemplo do que ocorreu no último mês de 2018, leilão na semana passada garantiu novo investimento ao Estado, sustentando perspectiva de ampliação da capacidade gaúcha na área.
Na quinta-feira (19), disputa promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou aporte de R$ 681,6 milhões para reforço do sistema de transmissão na Serra. Em igual período de 2018, leilão com a presença de grupos globais terminou com a previsão de investimento de cerca de R$ 5,3 bilhões em até cinco anos no Estado. A quantia estimada à época deve ser destinada à construção de subestações e linhas de transmissão.
Os resultados colhidos na reta final de 2018 e de 2019 animam representantes do setor. Com a melhoria no segmento de transmissão, novos projetos de geração de energia podem ser destravados. Entre eles, estão parques eólicos, área em que o Estado tem potencial de crescimento, mas esbarra nas dificuldades estruturais.
Para entender: o segmento de transmissão é responsável por conduzir a eletricidade gerada em usinas até as linhas de distribuição, que chegam aos endereços dos consumidores. Como a possibilidade de absorver mais geração estava esgotada no Estado, os investimentos dos leilões passaram a ser considerados necessários.
– As obras são importantes porque dão segurança para o sistema de energia do Rio Grande do Sul. Temos uma série de dificuldades de transmissão. Depois dos leilões, o Estado precisa focar em novos projetos de geração de energia. Tem de caminhar nessa direção – aponta o empresário Ricardo Pigatto, presidente do conselho da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel).