Na semana decisiva de um dos pilares da estratégia do Piratini para estancar o rombo nas finanças gaúchas, o Centro de Liderança Política (CPL) faz um intensivo no Estado. José Henrique Nascimento, gerente de competitividade da organização social, mostrou resultados do mais recente Ranking de Competitividade dos Estados ao governo gaúcho e hoje se reúne com a Assembleia Legislativa. O objetivo, diz, é dar consequência à evolução de cada Estado no diagnóstico publicado anualmente.
O CPL é bancada por empresas como Itaú, Gerdau, Votorantim e BTG Pactual, e seu ranking é feito em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Unit Intelligente (EIU, da revista britânica Economist, para comparações internacionais).
Neste ano, o Rio Grande do Sul ficou em sétimo lugar geral do levantamento. Essa posição intermediária esconde extremos: é o segundo melhor em inovação, mas o pior em gasto com pessoal. E mesmo indicadores que parecem positivos não são tanto assim. No caso do custo dos três poderes sobre o PIB, pondera o técnico, o motivo é mais o PIB gaúcho ainda robusto do que propriamente a eficiência do serviço público.
Um dos pontos que chamam atenção – negativamente – é a avaliação da infraestrutura, em que o Estado ocupa a 18ª posição. Fica atrás de Amapá, Maranhão, Piauí, Goiás, Roraima, Tocantins, Pará, Amazonas e Acre. Tem o maior custo de saneamento do Brasil e, em energia elétrica, registra uma grande contradição: é de baixa qualidade e alto preço. Só oito Estados têm custo maior e apenas sete têm qualidade pior, ilustra o técnico:
– O habitual é alto valor com alta qualidade, não o inverso.