A sucessão de conflitos na América do Sul, que nesta quarta-feira (13) incluiu Brasília no mapa, com a invasão da embaixada brasileira da Venezuela, ajudou a levar o dólar a um novo recorde nominal histórico: a moeda americana encerrou o dia a R$ 4,187. A alta no dia foi de apenas 0,48%, mas como a houve sucessivos aumentos, foi o suficiente para superar a máxima anterior, atingida em 2 de setembro passado. Durante o dia, também houve preocupação com o risco de fracasso na tentativa de trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Apesar de a série de conflitos na região ter se iniciado há mais de um mês, apenas nesta semana o tema entrou de fato no radar do mercado financeiro. Na véspera, estava relacionado à interrupção das negociações sobre o fornecimento de gás natural com o governo da Bolívia.
Um sinal dessa mudança de humor foi a alta de 3,8% no risco Brasil acumulada nos últimos sete dias. Medido pelo prêmio dos Credit Default Swaps (CDS), uma espécie de seguro contra calote da dívida pública. O do Brasil saiu de 115 pontos para 120,2 nesta quarta-feira (13).
A invasão da embaixada da Venezuela no Brasil reverberou com mais intensidade no Exterior porque coincidiu com a reunião, em Brasília, do grupo dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A bolsa de valores também tem um dia negativo, fechando com baixa de 0,65%.