O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Ainda é cedo, mas a sinalização de acordo parcial entre Estados Unidos e China provoca momento de trégua nos ânimos no cenário internacional. Resta saber agora se as bases para o eventual término da guerra comercial serão levadas adiante. Há longo caminho a ser percorrido por Donald Trump e Xi Jinping até o fim da disputa que afeta a economia mundial.
– Há uma sinalização de trégua. Agora, é preciso ratificá-la – sublinha o economista Marcos Lélis, professor da Unisinos.
Assim que os rumores de acordo parcial surgiram, houve reflexos no mercado financeiro na sexta-feira. No Brasil, a bolsa de valores subiu 1,98%, a 103.831 pontos. O dólar caiu 0,68%, cotado a R$ 4,095.
Nos últimos meses, o atrito entre as duas potências elevou a preocupação com o desempenho da economia internacional, que está desacelerando. Com o menor avanço do Produto Interno Bruto (PIB) internacional, a retomada brasileira tende a ser ainda mais desafiadora.
– Há uma desaceleração consistente na economia mundial. Se o acordo for fechado, a perda de ritmo deve ser menor – pontua Lélis.
Com o acerto parcial de sexta-feira, os chineses estariam mais dispostos a compras agrícolas nos Estados Unidos. Enquanto isso, os americanos diminuiriam a pressão tarifária sobre os asiáticos.
– É preciso lembrar que os Estados Unidos têm eleições no próximo ano. Para evitar desaceleração maior na sua economia, o país pode estar antecipando a tentativa de selar um acordo – relata Lélis.
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