Com a economia repleta de dificuldades, a criação de empregos formais não deslanchou no primeiro semestre no Rio Grande do Sul. Dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia mostram que o Estado abriu 21,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada entre janeiro e junho. Apesar de positivo, o resultado é menor do que o registrado em igual período do ano passado. À época, o saldo havia sido de 26,4 mil novas oportunidades, aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado do primeiro semestre de 2019 decorreu da diferença entre 589,8 mil contratações e 568,3,mil demissões. Um dos fatores que explicam a perda de fôlego é o desempenho negativo da construção civil, que não conseguiu se recuperar dos estragos provocados pela última recessão no país. No primeiro semestre, o setor fechou 1,8 mil vagas de trabalho no Estado. Em igual período de 2018, o saldo havia sido positivo, com abertura de 3,7 mil empregos.
A indústria de transformação também diminuiu o ritmo. Entre janeiro e junho, abriu 18,9 mil vagas. No ano passado, o saldo, também positivo, havia sido maior, de 22,2 mil.
Segundo o Caged, o Rio Grande do Sul teve o pior desempenho do país em junho. No mês passado, o Estado fechou 3,8 mil postos. Em parte, o resultado reflete influências sazonais, em setores como a agropecuária. Em períodos de entressafra, é comum o fim de contratos temporais de trabalho. Apesar de negativo, o corte de vagas foi menor do que em junho de 2018. À época, o Rio Grande do Sul amargou saldo ainda pior, com fechamento de 6,5 mil empregos.